terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Vila Rica


VILA RICA

Ela na janela
numa moldura colonial.
Eu na rua de pedra
entre casas com quintal.

Os sinos dobram
talvez por nós.
Anjos voam e
não estamos sós.
As nuvens têm
a matiz do seu rubor.
Meu coração arde
tal como o sol a se pôr.
A vila é rica
e o nosso amor também,
entre cânticos, rezas, novenas
e um sonoro amém.
Banzos seculares
vindos dos porões
somam-se ao pulsar
dos nossos corações.
Histórias trespassam
a nossa história.
Nossas memórias
carregam outras memórias.
Somos um e também diversos.
Somos poesia de vários versos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Flor da sorte

Flor da sorte

Menina bagunceira
bagunçou meu coração.
Feiticeira faceira
enfeitiçou minha razão.
Eu nem imaginava 

um querer assim.
Eu nem pensava
ficar tão a fim.

Refrão (2 X)
A fim de te abraçar
e ser abraçado.
A fim de te beijar
e ser beijado.
A fim de te namorar,
ser seu namorado.
A fim de te amar,
ser o seu amado.

Oh flor da sorte
que brotou em meu caminho.
Oh vento forte
que moveu o meu moinho.
Oh água pura
num deserto sem fim.
Oh bela candura
que me deixa a fim.

Refrão (2 X)
A fim de te abraçar
e ser abraçado.
A fim de te beijar
e ser beijado.
A fim de te namorar,
ser seu namorado.
A fim de te amar,
ser o seu amado.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Eis meu adeus


Eis meu adeus

Abri a porta de minh’alma
pra você voltar.
Joguei flores no caminho
pra você passar.
Tirei toda amargura
do meu coração.
Esqueci todo o passado e
dei-lhe o meu perdão.

Joguei no lixo
o que era rancor.
Te amei de novo,
quis ser seu amor.
Fiz tudo novo
e adormeci minha dor.
E mesmo no deserto
eu quis colher uma flor.

Mas você
ainda assim não quer saber de mim.
Despreza e esnoba
o meu amor sem fim.
Pisa sorrindo
no meu coração.
Não me diz “sim”
mas tão somente “não”.

Refrão (2 X)
Agora chega
de ser  desprezado.
Eu quero mesmo
é ser somente amado.
Eis meu adeus
pra sua indiferença.
E quero a cura
não quero a doença.