terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Vila Rica


VILA RICA

Ela na janela
numa moldura colonial.
Eu na rua de pedra
entre casas com quintal.

Os sinos dobram
talvez por nós.
Anjos voam e
não estamos sós.
As nuvens têm
a matiz do seu rubor.
Meu coração arde
tal como o sol a se pôr.
A vila é rica
e o nosso amor também,
entre cânticos, rezas, novenas
e um sonoro amém.
Banzos seculares
vindos dos porões
somam-se ao pulsar
dos nossos corações.
Histórias trespassam
a nossa história.
Nossas memórias
carregam outras memórias.
Somos um e também diversos.
Somos poesia de vários versos.